quinta-feira, dezembro 5, 2024
Internacional

Fundos abutres voltam a atacar a Argentina em ano de campanha eleitoral

– A Argentina sofreu nesta terça-feira (10) uma nova ofensiva dos chamados fundos “abutres”, que adquiriram títulos da divida argentina a preços baixos, depois do calote de 2001, e entraram na Justiça para cobrar o devido, sem desconto. A American Task Force Argentina (AFTA) – uma organização de lobistas que defende os interesses dos fundos especuladores – divulgou os nomes de 14 funcionários do governo que, segundo ela, teriam se aproveitado do cargo para aumentar seus patrimônios. Na lista dos suspeitos está o ministro do Interior e do Transporte, Florencio Randazzo – candidato a candidato do governo às eleições presidenciais de outubro.

“A acusação dos fundos abutres é politica, porque eles já têm candidato”, reagiu Randazzo em entrevista coletiva. Segundo a AFTA, que se baseou em declarações de Imposto de Renda dos funcionários, Randazzo duplicou sua fortuna entre 2008 e 2011. O ministro da Economia da Argentina, Axel Kicilloff, disse que os fundos abutres estavam adotando um “comportamento mafioso” para conseguir o que queriam.

Os fundos abutres (que representam apenas 7% dos detentores de títulos da divida argentina) não aderiram às propostas de reestruturação da dívida externa argentina, e ganharam na Justiça norte-americana o direito de cobrar a totalidade dos papeis que compraram: US$ 1,6 bilhão.

Em outubro, os argentinos irão às urnas para decidir quem ocupará o lugar da presidenta Cristina Kirchner – viúva e sucessora do ex-presidente Nestor Kirchner. Como ela não pode disputar um terceiro mandato, tanto os kirchneristas quanto a oposição já se articulam para buscar o candidato mais forte à sucessão.

A ofensiva dos fundos abutres coincide com um momento em que o governo enfrenta uma crise política, desencadeada pela misteriosa morte do promotor Alberto Nisman, responsável pelas investigações do pior atentado da historia argentina. Em 1994, uma bomba destruiu o centro comunitário judaico Amia,  em Buenos Aires, matando 85 pessoas e ferindo mais de 300. Passados 21 anos, ninguém sabe os nomes e motivos dos responsáveis pelo ataque terrorista.

Nisman acusou o Irã de planejar a explosão, que teria sido executada pelo grupo xiita libanês Hezbollah, e obteve da Interpol “alertas vermelhas” para cinco suspeitos. O governo iraniano sempre negou qualquer envolvimento no atentado, e rejeitou qualquer proposta de enviar os suspeitos (incluindo um ex-presidente e um ex-ministro da Defesa) à Argentina, para serem interrogados. Essa posição levou Nestor Kirchner e Cristina Kirchner a atacarem o país nas Nações Unidas, dizendo que Teerã acobertava terroristas.

A situação mudou em 2013, quando Cristina Kirchner anunciou que o Irã finalmente aceitava dialogar. Naquele ano, os dois países assinaram um memorando de entendimento, que permitiria à Justiça argentina interrogar os suspeitos em Teerã (sempre e quando eles aceitassem falar) e criava uma comissão da verdade para investigar o atentado. O acordo foi criticado pela oposição, pela maioria das organizações judaicas e por Nisman.

O promotor foi encontrado morto horas depois de acusar a presidente Cristina Kirchner de ter fechado um acordo com o Irã para inocentar os suspeitos do atentado à Amia. Ele tinha sido convocado pelo Congresso para justificar suas acusações, mas morreu com um tiro na cabeça. Ninguém sabe se foi suicídio, suicídio induzido ou assassinato.

Agência Brasil- Manhuaçu Notícia

Marta Aguiar

Eu, Marta Rodrigues de Aguiar nasci em: 27/08/1958, sou funcionária pública, fui a primeira presidente do Conselho de Turismo, sou escritora e acadêmica da (ACLA), Academia de Ciências Letras e Artes de Manhuaçu-MG, Possuo cursos de Organização de Eventos, Secretariado Executivo, Informática, Designer Gráfico, (CorelDraw e PhotoShop), Cursando mais uma vez Designer Gráfico na Prepara com mais duas especializações. (CorewDraw, PhotoShop, PageMaker e InDesigner). Sou Repórter e Fotógrafo, trabalhei com Devair Guimarães no Jornal das Montanhas.

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